Por Gabriela Rodrigues – Comunicação Fecopar
Sidnei Mazutti começou sua vida sindical no Sindicato dos Contabilistas de Cascavel e Região (Sincovel) com o convite do então presidente Rafael de Lorenzo para fazer parte da diretoria, mas Mazutti também atuou como presidente do Sindicato e diretor da Federação dos Contabilistas do Paraná (Fecopar). Hoje, o contador está como vereador em Cascavel e continua sua luta no meio político para fortalecer a classe contábil.
Com 31 anos de experiência em contabilidade, Mazutti acredita muito no trabalho desenvolvido pela Federação e aposta na aproximação com os contadores. “A Fecopar é que mantém esse vínculo no Paraná entre as associações, os sindicatos voltados para a classe contábil. Então, a relação do contador com a Fecopar precisa sempre de proximidade já que é ela que preserva esse vínculo no Paraná”, afirmou o vereador.
Quanto à relação entre a contabilidade e a carreira política, o profissional ressaltou a importância do contador se associar a carreira política. “Com essa experiência que estou tendo no legislativo municipal, é muito relevante que o contador faça parte da vida pública, principalmente nas esferas estadual e federal, pois tem muitas ligações com o ambiente previdenciário e tributário, áreas que o contador precisa estar sempre atento para atender as demandas da classe e de seus clientes”, completou.
“Minha mensagem final vai principalmente para os contadores que estão iniciando sua carreira profissional para que se aproximem das entidades de classe, pois só assim teremos uma profissão mais valorizada. Como exemplo, participações ativas em eventos, cursos e dentro das diretorias de entidades”, destacou Mazutti.
Em entrevista à comunicação da Fecopar, o vereador e contador Sidnei Mazutti contou sobre sua carreira sindical, política e contábil. Confira a entrevista completa:
1) Conte brevemente sua história e como chegou em Cascavel:
Eu nasci na cidade de Matelândia, próxima de Cascavel, mas minha família veio para Cascavel em 1981 (14 anos). Fomos estudando, mas como todo o jovem, ainda sem uma profissão definida. Trabalhamos em algumas empresas e, em 1988, concluí o curso de técnico contábil e por meio de uma oportunidade de emprego, comecei a trabalhar na área. Muitos anos trabalhando como técnico de contabilidade na área contábil como funcionário de empresa.
2) Como iniciou na vida sindical? Iniciou no Sincovel?
Minha vida sindical começou realmente no Sincovel quando recebi o convite do então presidente Rafael Lorenzo, entre 2010 e 2011. Eu sempre participei de cursos que o Sincovel oferecia e fomos criando um ciclo de amizade no qual recebi o convite do presidente para fazer parte da diretoria.
3) Qual a sua relação de contador com a Fecopar? Acredita no trabalho?
Precisa cada vez mais de aproximação. Eu acredito muito no trabalho desenvolvido pela Fecopar porque é o ente Federativo que mantém esse vínculo no Paraná entre as associações, os sindicatos voltados para a classe contábil. Então a relação do contador com a Fecopar precisa sempre de proximidade já que é ela que mantém essa ligação no Paraná.
4) Como iniciou sua carreira política?
A minha carreira política iniciou no bairro onde eu moro em Cascavel, muito atuante e envolvido na comunidade católica, organização de festas e eventos, posso dizer com orgulho de ter ajudado a construir uma igreja, a Capela Nossa Senhora Aparecida, depois fui convidado a fazer parte da associação de moradores, no começo como vice-presidente depois assumimos como presidente, buscando sempre lutar pelas reivindicações da população local, com bom êxito, e assim fui me envolvendo nas demandas do bairro e fomos conquistando algumas situações aonde eu via a oportunidade, que através da política, é possível ajudar efetivamente a comunidade. Depois fui convidado para fazer parte da diretoria da Amic – Associação das Micro e Pequenas Empresas de Cascavel, acompanhando e buscando ajudar e fortalecer a classe empresarial do município e região. Minha ida para a diretoria do Sincovel, foi meio simultâneo, como diretor de ética, social e depois como presidente. Tudo isso me deu suporte para disputar o pleito eleitoral como vereador.
5) Como vereador, quais são suas principais atividades?
A atividade do vereador é bastante diversa, mas a principal função é criar leis, legislar e fiscalizar. Além disso, é importante sempre visitar os bairros dos municípios e desta forma cobrar do executivo melhorias para a nossa população. Da parte legislativa, acho fundamental sempre estar atualizado para procurar novas formas por meio de leis e emendas, e melhorar a situação do município como um todo. É preciso estar muito atento ao que acontece no município, o que ele está precisando, os requerimentos até o poder executivo. E, assim, alinhar com deputados e secretários sempre em busca de incrementos para que as melhorias públicas possam acontecer.
6) Quais são suas iniciativas em relação a classe contábil?
As principais iniciativas, lutas e conquistas para a classe contábil foram bem importantes, e posso dizer que a classe como um todo participou e saiu ganhando. A principal delas foi através da nossa indicação para que o município implantasse o sistema do alvará online e a desburocratização do processo para a obtenção desse documento foram bastante importantes. A classe contábil teve essa grande participação através de escritórios que fizeram parte de testes para a implantação desse processo, que foi implantado em agosto de 2019. Essa conquista ajudou e ajuda até hoje a realizar nosso trabalho de forma online. Antigamente, precisávamos reunir toda documentação de forma manual e levar até a prefeitura para protocolar. Hoje, esse processo é feito de maneira virtual, basta digitalizar os documentos e enviar para a plataforma da prefeitura. Além disso, conseguimos que o município implantasse o Conselho do contribuinte com o objetivo de que empresas ou até mesmo pessoa física que foi autuada pelo fiscal da prefeitura pudesse, por meio do conselho, analisar para ver se a atuação do fiscal foi correta ou não. Com isso, muitas demandas não precisam ir até o judiciário para serem resolvidas, pois são tratadas administrativamente. Também conseguimos a implantação do ISS fixo para os escritórios de contabilidade, que com a mudança da lei complementar nº157, passou através do faturamento de 2%. Então, hoje o ISS Fixo dos escritórios de contabilidade já é uma realidade. Uma outra ação importante, que foi conquistada através do trabalho do vereador e da classe contábil, foi a manutenção da Junta Comercial na cidade de Cascavel, nós sabemos que a maioria das cidades do Paraná onde tinha agência foi fechada, em Cascavel conseguimos manter e hoje funciona dentro da prefeitura. Além de outras conquistas como o licenciamento ambiental digital para obtenção de documentos com facilidade. Então, foram várias conquistas importantes que obtivemos por meio do mandato de vereador.
7) Como enxerga a força dos sindicatos dos contabilistas no Brasil?
Eu vejo como um diferencial em relação aos outros sindicatos de outras categorias, visito que os sindicatos dos contabilistas atuam de forma a aproximar com os poderes públicos, tanto municipais, estaduais e federais. Eu vejo que o sindicato atua a favor das empresas e principalmente da valorização do profissional contabilistas.
8) Qual mensagem deixaria para os contadores hoje para continuar evoluindo a classe?
Minha mensagem vai principalmente para os contadores que estão iniciando sua carreira profissional para que venham fazer parte das entidades de classe, pois só assim teremos uma profissão mais valorizada, a frente de muitas demandas que os empresários muitas vezes precisam do apoio do contador, pois o empresário é a principal fonte de renda dos escritórios. Então, para que a classe contábil como um todo possa se fortalecer, precisamos que os novos contadores fortaleçam a categoria por meio de participações ativas e com ideias novas, em eventos, cursos e dentro das diretorias das entidades, entre outras formas que atendam as demandas dos profissionais da contabilidade e deem visibilidade para a classe perante a sociedade.
9) Algo a acrescentar que não foi citado?
A importância dos contabilistas no meio político, pois posso dizer que com essa experiência que estou tendo no legislativo municipal, percebo que são poucos os contadores que se habilitam a entrar na vida política. Por isso, é importante que o contador faça parte da vida pública, em todas as esferas, municipal, estadual e federal, pois tem muitas ligações com o ambiente previdenciário, trabalhista, societário e tributário, áreas que o contador político precisa estar sempre atento para atender as demandas da sociedade. Será muito significativo se tivermos cada vez mais contadores ingressados no meio político. Essa mensagem que eu deixo para a classe contábil como um todo para que unidos ter uma classe mais valorizada.